A acessibilidade na construção civil é um tema de grande importância. Certamente, a preocupação com inclusão social é dever de todos, e na hora de construir ou reformar, devemos tê-la como guia. O post de hoje fala sobre as adaptações em projetos para pessoas portadoras de necessidades especiais.

Segundo dados do IGBE de 2019, cerca de 25% da população do Brasil possui algum tipo de deficiência. Por isso, é tão importante pensar em projetos que busquem incluir todos os tipos de pessoas. E engana-se quem pensa que isso prejudica o orçamento: um projeto pensado em acessibilidade apresenta um acréscimo inferior a 5% no valor final. Entretanto, a valorização do imóvel pode chegar a 15%, ou seja, no final, os ganhos não são apenas sociais, mas também financeiros.

 

Legislação

A principal legislação sobre acessibilidade é a NBR 9050, revisada pela ABNT. Essa norma é bastante extensa e contém diversas diretrizes que promovem a acessibilidade em espaços comuns. Ela se baseia no princípio de “desenho universal”, no qual todos os espaços públicos devem ser um ambiente naturalmente apropriado para todos, respeitando as diferenças existentes entre todas as pessoas. Em outras palavras, a acessibilidade na construção civil não serve apenas para pessoas com algum tipo de deficiência, como os deficientes físicos ou visuais, mas para todos, considerando os diferentes tamanhos, idades e mobilidades. Dessa forma, gestantes, idosos e obesos também são grupos importantes quando se fala em acessibilidade.

É importante lembrar que as diretrizes principais podem sofrer alterações, dependendo do tipo de construção. Naturalmente, a construção de uma escola exige seguir um grupo de diretrizes diferentes do que seria necessário na construção de uma academia, por exemplo. O importante, no fim das contas, é sempre pensar em como tornar o espaço acessível a todos.

 

Adaptações

O CREA-SP criou uma cartilha de acessibilidade, contendo diversas orientações sobre o assunto. É possível acessá-la clicando aqui. Lembrando que todas as normas detalhadas, bem como as leis estão disponíveis no site do governo federal. A seguir, separamos algumas dessas orientações. Confira:

 

Pisos táteis: têm a função de constituir alerta ou linha-guia, servindo de orientação perceptível por pessoas com deficiência visual;

Estacionamentos: devem estar previstas vagas para veículos que conduzam ou sejam conduzidos por pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida;

Teatros, cinemas, auditórios, estádios, ginásios de esporte e similares: devem reservar, pelo menos, 2% da lotação do estabelecimento para pessoas em cadeira de rodas.

 

Não se esqueça dessas orientações quando for realizar seu próximo projeto! Além do impacto social, investir em acessibilidade significa incrementar seu potencial competitivo. Empresas preocupadas com o tema passam uma imagem mais positiva ao mercado, incrementando, portanto, seu valor de marca.